Afinal está confirmado que não houve nenhum terramoto no Algarve, confirmando-se ainda que os sismógrafos detectam oscilações da crosta e movimentos de placas, mas não a «qualidade» (digamos assim) dessas oscilações e movimentos. Deste modo se compreendem também as dificuldades dos técnicos do Instituto de Meteorologia em esclarecer a localização precisa do epicentro: é que as ondas de choque partiam de pontos múltiplos, de forma difusa, e seguiam padrões relativamente aleatórios.
Restabeleça-se, pois, a verdade dos factos: a terra tremeu ligeiramente em consequência do aumento dos fluxos de trânsito associados à mudança de mês, no preciso instante em que a auto-estrada registou a presença simultânea de 800.000 viaturas a caminho do Sul, mais 200.000 em sentido contrário. É só o Verão...
Nada de anormal, portanto. De resto, o direito de beber uma cerveja e desaparecer por uns tempos deixa de ser um exclusivo do Francisco: a partir de agora, todos nós, os que vivemos no Algarve o ano inteiro, estamos autorizados a fazê-lo...