Metemo-nos nos classificados do Diário de Notícias, em sendo o Verão, e apetece a pilhéria, a blague, a ironia. Procurar compreender, por exemplo, esse fetiche pelas universitárias que dominam os anúncios de prestação de serviços, e também procurar adivinhar o desempenho académico de uma delas, de 17 anos, presume-se que com classificações bastantes nas específicas, com busto 40, inocente, que está disponível 24 horas por dia e garante estacionamento. Mas também o largo espectro das disponibilidades, desde a brasileira carinhosa à minhota peluda e de pernas largas (esta deve ser um must, e eu só me admira que o seu telefone esteja assim à mão de semear -- há-de ser lapso...), passando pela donzela que garante, em apartamento privado «e vai a hotéis», sexo grátis. Acontece que em alguns dos anúncios se referencia, não tanto a medida do busto, não tanto o grau académico, não tanto a facilidade em estacionar sem parquímetro a caminho da função, mas a possibilidade de fazer sexo sem usar «a borrachinha». E a coisa deixa de ter piada. Ainda (ou também por isso) que nos recordemos do outro que dizia, «tire-me essa coisa, menina, que eu abafo»...