Durão Barroso justificou o voto favorável de Portugal à suspensão do procedimento de infracções contra a Alemanha e a França com o facto de o nosso país não poder deixar de ser solidário com quem em 2001 nos apoiou numa altura de défice excessivo. Manuela Ferreira Leite, no entanto, justificou tal medida com a indispensabilidade de salvar o Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC) e evitar uma situação de vacuidade jurídica. Marques Mendes, por sua vez, considera que, subtilezas à parte (subtilezas, presume-se, de Durão e Ferreira Leite), o que aconteceu foi um forte pontapé no PEC. Alberto João Jardim, finalmente, é de opinião que Manuela Ferreira Leite votou com a França e a Alemanha a acautelar a putativa impossibilidade de Portugal vir a conter o défice nos 3%.
Imagine-se se isto fosse para a gente perceber...