segunda-feira, outubro 27, 2003

A tempestade

Era no tempo em que a indecisão e
o poder caminhavam juntos
e a trepadeira do sono floria exuberante nas
primeiras páginas dos jornais diários.
A própria sombra atava os seus próprios
nomes à mais alta torre.
As crianças esperavam impacientes que os
croissants e as sondagens da manhã
permitissem a circulação dos
transportes públicos a caminho da escola.
Primeiro o ábaco difícil, depois a água a subir
nas margens de barrancos sem regra,
a pronúncia divisória, a chuva
nas janelas de casa, a tempestade.