quarta-feira, setembro 15, 2004

Penhascos

Pressinto a tua voz nos cumes altos
o grito asfixiado nas encostas calvas
adivinho-te nos penhascos
e nas veias queima-me o teu calor.
.
Antecipo-te, suspensa no vento
empurrando o arcanjo à tua frente
sobrevoando precipícios e torrentes
onde floresce a seiva que me dá a vida.
.
O corpo que te busca nasce
e desaparece em cada dia, cansado
pesado, faminto, no ocaso
em busca do repouso
.
que trazes dentro de ti.