Caímos de pé e cabeça erguida, contra o mais feio futebol praticado na Europa. Duas derrotas são mais do que suficientes para nos convencer que o título, sem história, está bem entregue. As páginas do futebol nem sempre se fizeram de beleza e bem jogar, e para a posteridade este europeu ilustra isso mesmo.
Para virar a página, acredito no projecto que agora se desenha para o Mundial de 2006, no trabalho a fazer em continuidade, com a renovação progressiva do plantel, agora que Scolari conhece melhor o futebol português. Dois dos três membros da geração de ouro que continuavam ao serviço da selecção já têm substitutos à altura - Rui Costa e Fernando Couto (porventura Figo será mais difícil de render) - pelo que a qualificação deverá ser possível, se se capitalizar a vaga de patriotismo que se criou em torno da selecção nacional e a qualidade dos jogadores de que Portugal dispõe. Dito isto, sentirei falta dessa geração, a única que, depois de Eusébio, deixa saudades pelo que correu e sofreu com a camisola nestes últimos treze anos.
Pessoalmente, gostaria que Figo não seguisse para já o exemplo de Rui Costa, porque me parece que ainda tem muito para dar ao futebol português. Oxalá...