Demorou dois anos de intensa actividade técnica e administrativa a preparação de legislação que altera a orgânica do Ministério da Segurança Social e do Trabalho. O diploma, finalmente, foi publicado em Diário da República. No exacto dia em que já não existe Ministério da Segurança Social e do Trabalho. No exacto dia em que um novo Governo toma posse. No exacto dia em que a orgânica do novo Governo arruma o Trabalho nas Actividades Económicas, e encosta a Segurança Social à Família e à Criança. O Decreto-Lei 171/2004 deixa de produzir efeitos no mesmo instante em que sai, com a tinta ainda escorrendo, das rotativas da Imprensa Nacional. Dois anos não será tempo excessivo para preparar nova lei orgânica. Mas talvez seja mais sensato deixar as coisas como estão. A inacção arrisca-se a ser a maior virtude e a melhor conselheira: quem não mexe, pelo menos não estraga. Leiam Albert Cossery. A teoria vem explicada nos «Mandriões no Vale Fértil».
quinta-feira, julho 22, 2004
Da inacção como virtude
Demorou dois anos de intensa actividade técnica e administrativa a preparação de legislação que altera a orgânica do Ministério da Segurança Social e do Trabalho. O diploma, finalmente, foi publicado em Diário da República. No exacto dia em que já não existe Ministério da Segurança Social e do Trabalho. No exacto dia em que um novo Governo toma posse. No exacto dia em que a orgânica do novo Governo arruma o Trabalho nas Actividades Económicas, e encosta a Segurança Social à Família e à Criança. O Decreto-Lei 171/2004 deixa de produzir efeitos no mesmo instante em que sai, com a tinta ainda escorrendo, das rotativas da Imprensa Nacional. Dois anos não será tempo excessivo para preparar nova lei orgânica. Mas talvez seja mais sensato deixar as coisas como estão. A inacção arrisca-se a ser a maior virtude e a melhor conselheira: quem não mexe, pelo menos não estraga. Leiam Albert Cossery. A teoria vem explicada nos «Mandriões no Vale Fértil».