A crueldade tem a sua pátria.
A rapariga olha da janela o dia a crescer
e é como se o medo sobreviesse
à idade: a memória acende no quarto
as suas lâmpadas de água.
Não tarda o inverno.
Não tarda a sementeira do trigo.
As crianças regressam a casa
e abandonam os muros do largo, a pedra do tanque.
É como se tudo estivesse certo.