Passámos uma tarde a escolher os vídeos, combinámos o dinheiro que nos era possível gastar (nesse tempo precisávamos de tão pouco para sobreviver ao mundo...) e depois ficámos dias inteiros sem sair de casa, fechados em casa, deitados, a ver os filmes e a rever as cenas em que, por um instante, depois das ravinas, o mundo regressava a um intenso (quase inverosímil) apaziguamento. Só desejávamos isso: passar por todos os perigos, sobreviver a todos os perigos e continuarmos a acreditar no amor.