No início desta época de futebol, como em todas as outras, aspirava-se por um novo ambiente para o campeonato nacional de futebol. Muitas promessas, mas sobretudo, novos cenários permitidos por sucessivas prometidas inaugurações de novos estádios. Claro, à quarta jornada, o cenário é o mesmo de sempre. Chovem as suspeições, os árbitros voltam a estar sob fogo cerrado e o campeonato caminha para o seu fim ainda antes do Natal.
Mas - pergunto-me - seria possível que pudesse ser de outra forma? Que terá mudado entretanto? Mantêm-se os dirigentes, os "Madaís", os "Loureiros", os árbitros e os titulares das instituições. Mantém-se o estilo, o esquema, o jeito e os jeitosos, a pequena organização, o dedo em riste que limpa pouco mais que o nariz e a mentalidade poucochinha tão característica do Portugal dos Pequeninos. Enfim, que diabo, começou-se a construir o edifício (?) pelo tecto, como se os alicerces fossem coisa secundária.
Sim, temos novos estádios, mas temos mentalidade para eles? Parece evidente que não. E não será verdade que mudar de mentalidade, a despeito de ser mais difícil, custa um bocadinho menos que construir novos estádios? Claro, não interessa tanto ao lobby do betão, mas que raio, não seria ao menos possível conciliar um bocadinho de tudo. Ao menos tentar, sei lá...