Por instantes, neste fim de tarde, um cometa eleva-se no céu e deixa um rasto de um amarelo quase vivo, quase incandescente, num percurso em sentido inverso, de baixo para cima, juntando fragmentos, contendo numa linha estreita as pequenas partículas que antes dispersara, contrariando a gravidade, subindo muito devagar, quase em câmara lenta.
Mal acomparado, parece um avião que tivesse levantado voo há cinco minutos do aeroporto de Faro.