quarta-feira, janeiro 28, 2004
Retenções na fonte
Procuramos ainda no passado as explicações do logro. Levantamos as pedras onde adormeceu o escorpião da sombra, mergulhamos nos lagos à procura de papéis antigos, recolhemo-nos às salas iluminadas por janelas altas a decifrar manuscritos e variações nas cartas militares. Tudo pode justificar a omissão, o ardil. Mas olhamos depois as mãos em concha, inquietos, e é como se já não pudéssemos reter a água de nenhuma fonte.