Eu sei que todos falham. Que a ninguém
é dado em permanência estar atento
às feridas, ao cansaço, ao desalento,
à mágoa que por vezes sobrevém.
Mas eu exijo tudo: ouro e prata;
que estejas a meu lado na doença,
na cama, na cozinha, em Florença,
no Sena, no inverno, na Culatra;
que digas que me amas; que me ames;
que dês sentido à vida que vivemos;
que nunca me abandones; que me chames
ao teu mais ignorado esconderijo,
às páginas do livro que não lemos.
Eu sei que não é fácil. Mas exijo.