sábado, maio 22, 2004

[Portugal Positivo]

Confesso que andava um pouco
deprimido com isto de todos os fins de semana
ir à Galp a Ayamonte meter
gasolina a preços de saldo e
do lado de cá não ser aumentado na
folha de vencimento há dois anos e
aumentos só no que pago pelos combustíveis
para que o Défice entre nos eixos
com a muleta ainda de se
privatizar a água e a Lezíria a tijolo e vigas de cimento
com Rede Natura e áreas protegidas e
tudo
no pacote.
E confesso também que trazia em
baixo a auto-estima
sabendo que simultaneamente o
sr. Director Geral da Colecta foi requisitado
à Privada e au au-
fere ao mês o
que um técnico superior dos quadros do
mesmo ministério não au au-
fere em ano e pouco de função
pública premindo de manhã, ao fim da manhã, ao
princípio da tarde e ao fim da tarde
o indicador direito no artefacto electrónico
de ponto, sendo certo que
na função pública só malandragem campeia
sem competência para o desiderato de sacar e
disparar mais rápido que a sombra
contra o contribuinte relapso, dando
de barato que não haver dinheiro nos Serviços
para as fotocópias e
para a formação profissional dos meliantes do
Estado é um pormenor e
que nas assessorias do Ministério da Defesa é
que flui a Nata
por osmose.
Mas
o Movimento Portugal Positivo envergonhou-me e
calou-me fundo e (lá diz a
srª Ministra das Finanças que tudo não passa de Inveja)
a Inês Pedrosa tem do seu lado
a razão toda: o povo
queixa-se e devia era dar vivas e lançar
foguetes ao ar, que quanto mais a gente
berra mais o cu lhe aparece.
Por isso, repeso do queixume, comprei
deles (foguetes) meia grosa
temendo agora no entanto que, lançando-os,
festivos, não
vá darem os estrondos decorrentes
azo a estragos de
parte a
parte.