Nas minhas noites
há duas luas
não me digas que estou louco,
porque as vejo perfeitamente da janela
donde te escrevo, ou penso que escrevo, porque
me induzem a pensar assim as dezenas de folhas rasgadas,
em branco,
que todas as manhãs apanho debaixo do parapeito,
no canteiro das rosas secas.
Não é loucura, é amnésia...
como é boa esta amnésia de ti.