sábado, agosto 23, 2003

Rio Terva

Os explosivos, o veneno, o esvaziamento das presas, as redes e o cloreto: a tudo este desgraçado rio tem sido sujeito. Faltavam as percas. Introduzidas não se sabe como e por quem, ou talvez vindas do Tâmega, subindo na direcção da nascente, este peixinho exótico, voraz, predador, aparece agora em tudo quanto seja poço ou gralheiro, presa ou raízame. Começou a contagem decrescente do processo final de degradação do ecossistema aquático. Daqui a alguns anos podemos dizer às criancinhas do ciclo: eu sou do tempo em que no rio Terva havia trutas.