sábado, agosto 23, 2003
As árvores
Dormir nas margens de um rio. O céu muito limpo, recortado pela copa das árvores. Uma mistura de sons a atravessar o talvegue: animais que escolhem a noite para viver. Mas, sobretudo, as árvores. A sua presença discreta e simultaneamente avassaladora. Num raio de não mais que cinquenta metros, erguendo-se num mosaico de prado, silvas, giestas, codeços e roseiras bravas, há amieiros, salgueiros, freixos e carvalhos. Conhecer estas árvores não apenas pelo nome: também pelo desenho da sombra que cada uma delas há-de espalhar em chegando a manhã.