terça-feira, janeiro 25, 2005

A razão


Immanuel Kant (1724-1804)

"A consideração do nosso bem (Wohl) e do nosso mal (Weh) tem uma grande importância nos juízos da nossa razão prática e, no concernente à nossa natureza como seres sensíveis, tudo depende da nossa felicidade, se esta é julgada - como o exige especialmente a razão - não segundo a sensação passageira, mas segundo a influência que esta contingência tem sobre toda a nossa existência e a satisfação a seu respeito"... [O homem] "tem, pois, certamente necessidade, segundo esta disposição natural com ele conexa, da razão para considerar em todo o tempo o seu bem e mal (sein Wohl und Weh), mas possui-a, além disso, ainda para um propósito mais elevado, a saber, de não só reflectir sobre o que é em si bom ou mau (gut oder böse) - e a este respeito só a razão pura, sem qualquer interesse sensível, pode julgar -, mas ainda de distinguir inteiramente este juízo do precedente e dele fazer a condição suprema do último."
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Immanuel Kant, Crítica da Razão Prática