Cala-se o riso
e o ruído das correrias
das crianças.
A água gela
no lago do velho moinho
em cada manhã de névoa
E o espesso manto do velho
que dorme sozinho no jardim
desfaz-se sob a geada
que sobre si se abate,
como uma terrível
maldição indesejada.
Sob o frio cortante,
estão imóveis os lábios
e as crianças já não riem
como prisioneiras
de uma felicidade
que apenas se evaporou
e já não transpira
pelas margens verdes nem
por sobre as folhas dos plátanos.