domingo, março 14, 2004
A sobranceria
Depois da chuva, com o mar do noroeste, a tarde de sábado deixou o céu muito azul a recortar as nuvens de um branco violentíssimo. Calmas, vagarosas, voláteis, as nuvens ficam suspensas como se se desprendessem do seu próprio peso e deixassem ao mundo o que ao mundo (a sua lama) pertence. Há uma espécie de sobranceria nesta indiferença, nesta altivez, mas é assim a vida.