quarta-feira, março 31, 2004

Como se nada fosse

É um mentiroso compulsivo. Já nem lhe levamos a mal. Mas, claro, de tempos a tempos lá se descuida e diz uma verdade. Ontem, por exemplo, a meio do discurso, ia-se-lhe escapando uma. Acontece que parou a tempo. Olhou as folhas por um instante, ergueu a cabeça e disse: «Ooooops... Peço desculpa...» E continuou a falar como se nada fosse, saltando apenas o parágrafo anómalo.